quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A vida é uma festa

Batizado, aniversário, Primeira Comunhão, Dia das Mães, Dia dos Pais, Natal, Reveillon, quinze anos, calourada, formatura, aniversário de namoro, despedida de solteiro, casamento, aniversário de casamento. Festa na escola, festa na faculdade, festa no escritório, festa-surpresa, festa de largo, festa de santo. Carnaval, São João, eleição, Copa do Mundo, 2 de Julho, Lavagem do Bonfim.


A vida é uma festa. Certo?

Hum.... Depende do que você chama de festa.

É a ocasião de encontros, de comemoração, de dança e música, de afeto entre amigos ou entre a família? Então sim.

Mas e quem pra sente deslocado, pra quem é tímido, pra quem não gosta de ajuntamento de gente? Bom, nesse caso, a vida às vezes também é uma festa, sim.

O fato é que, sem percebermos, moldamos o ritmo de nossas vidas pelas ocasiões de encontros, comemorações e rituais, públicos e particulares, aos quais nos acostumamos a freqüentar ano após ano. A festa, o ritual, a celebração, são quase sempre motivos de encontro, de comunhão, de troca de afetos ou interesses. Mas podem ser (e frequentemente são), ocasiões de descentramento, de desencontro, de ruptura; o local onde alguém se sente, literalmente, deslocado.

Quem nunca quis “desaparecer” no meio de uma festa? Quem nunca desejou, no meio da euforia geral, estar em outro lugar? Quem já não se decepcionou com “aquela” festa tão esperada, quem nunca sorriu amarelo durante horas a fio para quem não conhecia? Por outro lado, quem já não dançou tanto que voltou pra casa sem sapatos? Quantos não encontraram o amor de sua vida numa festa; quem nunca foi à “festa de sua vida”; quem não daria a vida para ter ido a uma?

As histórias são sempre muito parecidas, por isso é fácil reconhecê-las: Natal melancólico ou Natal festivo; amigo secreto, presente errado; porre homérico com direito a vexame; o primeiro beijo; a dança na rua; o tropeço na valsa; a briga de família; apertos de mão protocolares; cantoria em uníssono, parabéns pra você.

São estas ocasiões, tão familiares, que nós vamos reviver, juntos, neste espetáculo. Você está convidado a entrar, puxar uma cadeira, ficar à vontade e se esbaldar. Desculpe o clichê, mas teatro também é lugar de encontro. Então, que este nosso encontro seja uma festa!

Jacyan Castilho
Diretora

Você pode sugerir o nome do espetáculo. Clique aqui

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